Veja como treinar e preparar seu pet para as viagens de férias

Ao pensar nas férias, é preciso planejar com antecedência alguns cuidados referentes à locomoção do seu pet. Pois, muitos chegam estressados e traumatizados após a temporada.

É preciso preparar o pet para as férias de fim de ano. Isso porque o entra e sai da caixa de transporte, o tempo de espera nesse espaço reduzido ou a necessidade de ficar no compartimento de bagagem junto às malas, no caso de viagens aéreas, podem gerar malefícios, tais como vômitos, desmaios, taquicardia e, em alguns casos, o óbito do animal.

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Viagem com pet precisa de preparação para tudo correr bem. Foto: Freepik
Viagem com pet precisa de preparação para tudo correr bem. Foto: Freepik

“Pegar um cão que nunca usou a caixa de transporte e, de repente, trancá-lo por duas ou três horas, pode causar, no mínimo, desconforto e estresse. Isso afeta sua respiração, impacta na parte sanguínea, podendo levar até a uma parada cardíaca”, explica Cleber Santos, especialista em comportamento animal e CEO da Comportpet, empresa especializada em adestramento e comportamento animal.

Pesquisa revela que 80% dos donos de pet sentem culpa ao mentir para seus bichos de estimação. Foto: Andrea Bova/Pexels
Foto: Andrea Bova/Pexels

Para o especialista, o ‘check-list’ de viagem relacionado aos pets engloba uma pré-adaptação à caixa de transporte com antecedência – de preferência semanas antes da viagem. Além disso, ele alerta ser crucial um olhar atento para os cuidados tomados pelas cias aéreas, a fim de garantir a segurança dos animais durante os voos e no momento do desembarque até a chegada aos braços do dono.

Pesquisa mostra o quanto os cachorros entendem das palavras e frases que dizemos. Foto: Blue Bird/ Pexels

Portanto, confira a seguir algumas recomendações:

Nas semanas que antecedem a viagem
  • Na hora de comprar a caixa de transporte, fique atento à dimensão: a caixa precisa garantir que o pet fique de pé e que possa se esticar e fazer um movimento de 360°.
  • Ao levar para a casa, elabore uma rotina para que a caixa seja inserida como parte do ciclo diário dele antes da viagem, de modo que o animal consiga entrar e sair da caixa sozinho sentindo-se seguro. Para isso, deixe a caixa perto de onde ele dorme, se alimenta ou brinca. Isso o ajudará a criar associações positivas entre a caixa e as situações de seu dia a dia.
  • Na compra da passagem de avião: importante saber que cada companhia aérea possui um protocolo. O ideal é que a companhia desembarque o pet antes das bagagens e, de preferência, por um local à parte. “O mundo perfeito é que o pet seja colocado em uma área reservada para que o dono possa buscá-lo. Dependendo do aeroporto, o pet é devolvido na esteira junto com as malas, o que gera uma carga significativa de estresse no animal, fora o perigo de alguma bagagem bater na caixa”, frisa.
Foto: Daria Shevtsova/Pexels

Outro ponto destacado pelo especialista é verificar se a companhia aérea dispõe de algum profissional responsável pelo animal durante essa logística da viagem. E, de preferência, alguém treinado por adestradores ou especialistas em comportamento animal. “Um profissional que entenda sintomas preocupantes e que tenha o mínimo de conhecimento em primeiros socorros para atender alguma necessidade”, completa.

Na véspera e no dia da viagem
  • É ideal que os cães façam passeios ou fiquem em uma creche brincando no dia anterior, para que esteja com a energia equilibrada na hora do voo.
  • Antes da viagem, o ideal é uma boa alimentação, mas sem excessos. Isso porque, com o estômago cheio, o animal pode vomitar e ficar envolto à sujeira, o que pode fazê-lo engasgar-se com o próprio vômito.
  • Durante o voo, deixar na caixa à disposição do animal: brinquedos, estímulos para roer. Isso fará com que ele passe o tempo se distraindo e interagindo com esses objetos.
  • Se a viagem for de carro: independentemente do tamanho do animal, usar o cinto de segurança pet, que é regulamentado pela lei de transporte de animais. Nunca os deixar soltos andando pelo carro. No caso dos cães, quando são fixados com o cinto de segurança, eles ficam agitados e latindo. Santos frisa que, apesar do barulho incômodo, é importante não ceder. Soltos, eles podem ocasionar acidentes de trânsito ao alcançar os pés do condutor, entrar no volante, colocar a cabeça para fora da janela ou pular do carro para ver alguma coisa na rua que chamou a atenção.

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