Não há como negar que o sofá é protagonista da área social. Em função do espaço que ocupa, alguns critérios, como seu melhor cantinho no ambiente, precisam ser levados em consideração.
E não basta apenas medir o tamanho (um ponto importantíssimo também, diga-se de passagem!) e verificar se o móvel passa por todas as portas até chegar em seu destino: as arquitetas Claudia Yamada e Monike Lafuente, sócias no Studio Tan-gram, explicam que outros fatores contribuem para a escolha da posição ideal do sofá, fazendo com que se encaixe com harmonia na decoração.
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“A melhor posição do sofá depende unicamente da intenção dos moradores para o projeto de arquitetura de interiores como um todo”, conta Claudia. Em ambientes integrados, onde a intenção é obter a fluidez dos espaços, sem empecilhos para interromper a passagem, a especialista explica que a melhor opção é situar o sofá de modo que, ao sentar-se, o morador não esteja de costas para nenhum dos ambientes. Por outro lado, quando a ideia é, de fato, setorizar e deixar evidente a divisão dos cômodos, a sugestão é que o móvel esteja com o encosto voltado para o ambiente vizinho.
Por onde começar?
Para o layout da sala, a primeira dica das arquitetas é definir a posição da TV. “A partir daí, fica fácil resolver a localização do sofá. Quando falamos de ambientes não integrados, na maioria das vezes, o móvel é colocado na parede oposta à TV”, explica Monike. O próximo passo é considerar os pontos de circulação do ambiente, avaliando também as portas, passagens e outros elementos, como a mesa de centro. “Essas interfaces são valiosas para que o morador considere não comprar uma peça muito grande e que atrapalhe a vivência com os demais elementos. Se a sala for incômoda, tem algo errado”, adiciona.
Distâncias ideais
“Antigamente, a decoração de interiores considerava uma fórmula que se baseava nas polegadas da TV para calcular a distância ideal do eletroeletrônico até o sofá. Entretanto, com o tempo essa regra foi caindo em desuso”, revela Claudia. E há uma razão para essa mudança de concepção, uma vez que, com o mercado de televisores, os moradores sempre preferem equipamentos cada vez maiores. “Junto a isso, no contraponto, o mercado imobiliário caminhou em um sentido inverso, como apês cada vez mais compactos”, avalia a sócia de Monike.
A clássica pergunta: o sofá deve ser sempre encostado na parede?
A resposta é: nem sempre. Em salas menores, a recomendação é trabalhar com a formatação clássica, trazendo o sofá alinhado à parede. Essa estratégia auxilia no aumento de espaço de circulação e conduz morador e visitante para uma sensação de amplitude. Porém, as arquitetas sugerem a observância no que diz respeito à presença de janelas próximas, bem como as cortinas: caso aconteça uma situação semelhante, faz-se necessário prever um vão entre a parede e sofá, de forma que a cortina não fique presa.
Como esconder as costas do sofá?
Uma das dúvidas mais recorrentes em ambientes integrados é: como esconder as costas do sofá? Em salas de estar que estão ligadas com o jantar, uma boa decisão é aproveitar para incorporar um aparador ou buffet. “Assim, além de esconder parte de trás do móvel, o morador ainda conta com um elemento eficaz para guardar os itens utilizados no jantar ou mesmo ter uma estrutura de apoio em ocasiões pontuais”, exemplifica Claudia. No caso da integração de salas de TV e estar, ela explica que há a possibilidade de empregar cadeiras ou poltronas para esta função de demarcar cada ambiente. “Além de cumprir a função estética, as cadeiras ou poltronas agregam mais possibilidades de assentos para ocasiões com visitantes”, continua.
Atenção ao tamanho do sofá!
A dupla do Studio Tan-gram adverte que a aquisição de sofás muito grandes, volumosos, com cores escuras ou encostos que pesam na decoração, deixam o ambiente visualmente menor. “Sempre orientamos nossos clientes a considerarem escolhas com um design mais leve. Para quem gosta de personalização e máximo conforto, a indústria moveleira dispõe de modelos com regulagem do encosto, que deixam os momentos ainda mais aprazíveis”, comenta Monike. No que diz respeito à cartela de cores, sempre que possível, a preferência deve se dar por tons mais claros – considerando também a questão de variações que ajudem a ocultar o aspecto de sujo. “O cinza intermediário é um meio termo muito interessante”, destaca.
Sofás sustentados por pés e que tenham sua base solta do chão auxiliam no intuito de deixar o ambiente mais leve e com a aparência mais fluída. Por fim, Claudia aconselha quanto à especificação de versões retráteis. “Um erro comum é, na hora da compra, esquecer de medir o móvel quando aberto. Ele pode até caber na sala, mas invariavelmente, se a sala tiver um tamanho reduzido, vai comprometer a circulação e deixar o ambiente com aparência claustrofóbica”, finaliza.
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