O que é aporofobia e como ela influencia a arquitetura brasileira

Apoiando-se no conceito de aporofobia – palavra criada pela filósofa espanhola Adela Cortina que significa, de maneira geral, a rejeição sistêmica à pobreza e às pessoas pobres –, Padre Júlio Lancellotti traça uma análise da realidade: “a cidade não é hospitaleira. E o pobre não é bem-vindo.”

Um projeto arquitetônico pensado a partir do sistema neoliberal, só pode ser hostil. É o que diz Padre Júlio Lancellotti (@padrejulio.lancellotti) em entrevista ao Arch Daily.

Padre Júlio Lancellotti denuncia casos de aporofobia pelo Brasil. Fotos: Reprodução/ Instagram
Padre Júlio Lancellotti denuncia casos de aporofobia pelo Brasil. Fotos: Reprodução/ Instagram

Conhecido pelo forte e dedicado apoio a moradores de rua em São Paulo, seu trabalho à frente da Pastoral do Povo da Rua vem chamando a atenção do público e das autoridades para questões urgentes de desigualdade, invisibilização dos mais vulneráveis e a hostilidade de nossas arquiteturas e espaços públicos.

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Em um movimento de resistência, numa “luta dos derrotados”, busca com ações de pequena escala combater a hostilidade dos espaços urbanos, já tendo ele mesmo empunhado a marreta para demolir pedregulhos anti-morador de rua sob um viaduto de São Paulo.

Apoiando-se no conceito de aporofobia, Lancellotti traça uma análise brutal da realidade: “a cidade não é hospitaleira. E o pobre não é bem-vindo.” Não perde de vista, porém, o mais importante: arquitetura e cidade fazem parte de um todo maior, a sociedade, e a mudança de que necessitamos é estrutural.

Confira algumas imagens que o Padre Júlio Lancelotti compartilhou em sua página como forma de denúncia e apologia à aporofobia:

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Fonte: ArchDaily

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