Não é nenhuma novidade que as camas são o elemento mais importante de um dormitório, em vários sentidos. No visual, pois inevitavelmente é o primeiro móvel visualizado na área; no conforto, por ser onde desfrutamos nossas noites de sono; e também pelo tamanho, já que suas dimensões ocupam uma proporção considerável no cômodo.
“As camas protagonizam a cena do dormitório e não precisam ser todas iguais. Os padrões de tamanhos nos auxiliam e orientam o projeto, mas podemos inovar no modelo, estilo, na marcenaria e cores. Inspirar em formas que marcaram época, história ou até mesmo expressam a cultura de uma região e nos levam a idealizar propostas inovadoras e bastante acolhedoras no décor”, explica a arquiteta Cristiane Schiavoni.
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Para definir a cama, a arquiteta indica levar em conta o perfil dos moradores, combinando a decisão com a versatilidade e o décor de interiores pensado para o dormitório. Acompanhe as orientações e referências a seguir:
Neste projeto, a ideia de Cristiane Schiavoni foi investir em uma cama ‘fora do padrão’. O conceito começou a ser construído na estética desenhada pela marcenaria, que acompanha todo perímetro da parede. De um lado, a base para o colchão com densidade mais alta, contribuindo para a altura final da cama. Ao lado, o platô é super versátil: em pé o morador acessa os itens expostos no nicho mais alto e, sentado, pode recostar na cama para assistir televisão e jogar videogame. No nível do piso revestido com carpete, a profissional deixou nichos à disposição para que o morador possa guardar ou expor aquilo que desejar | Foto: Raul Fonseca
Estilo
As camas não precisam seguir uma padronização. Seguindo as características e as demandas que norteiam o projeto, o móvel pode evocar estilos diferentes para deixar, por exemplo, o dormitório mais moderno ou ampliar o espaço de armazenamento disponível. Ainda de acordo com ela, as expectativas e a personalidade do cliente ajudam a trabalhar nessa decisão. “Esteticamente falando, a cama entra no cenário para reforçar a decoração do quarto e não precisa navegar pelas clássicas box queen ou king. Podemos configurar alturas diferentes, sendo mais alta ou até mais baixa que o tradicional, e a marcenaria planejada é minha aliada para deixar a cama do jeito que o morador desejar”, conta.
Neste dormitório juvenil, a cama da pequena moradora foi uma ‘consequência’, uma vez que acompanhou a marcenaria que formou os nichos do painel e a mesinha que onde acompanha as aulas online e realiza as tarefas escolares. Com os degraus, Cristiane Schiavoni incluiu espaços de armazenamento para itens como as roupas de cama | Foto: Carlos Piratininga
Tamanhos, estilos e colchões
Invariavelmente, as dimensões do dormitório determinam o tamanho da cama, que devem respeitar o requisito da proporcionalidade. A arquiteta relata ser muito frequente o pedido do morador, que deseja ter uma cama queen ou king size. Entretanto, acolher o desejo sem uma análise prévia do projeto é um caminho não recomendado pela profissional.
“Sem levar em consideração os demais móveis e a questão da circulação mínima que deve existir, o resultado por ser um dormitório menor ou com aquela sensação de entulhado. O cuidado deve ser redobrado quando falamos de um ambiente pequeno. E não podemos esquecer que, por passarmos tantas horas com o intuito de descansar e relaxar, o resultado pode ser o oposto se tudo não for bem calculado”, relaciona Cristiane.
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Além disso, a profissional menciona que a deliberação sobre a cama pode estar atrelada ao tipo de colchão e sua estética. “Com a gama de tipos de colchões, que englobam diferentes materiais e as tecnologias empregadas para o seu desenvolvimento, também busco levar em consideração a opção definida pelos moradores para determinar a cama ideal”, detalha.
Nesse dormitório, a inspiração para a cama evidencia um ‘quê’ oriental, com a base em marcenaria e altura um pouco menor em relação aos demais tipos. Como resultado, um visual minimalista e com linhas simples. Segundo a sabedoria japonesa, a cama mais próxima ao chão | Foto: Carlos Piratininga
Detalhes
Não é apenas a cama que muda tudo em um dormitório, mas sim sua unidade com a decoração. Para isso, o estilo do móvel, as roupas de cama e os outros mobiliários presentes no quarto precisam estar em sintonia com ela. Para isso, segundo a especialista, ter um ambiente harmonioso é primordial. “É legal apostar em uma cabeceira bacana com uma paleta de cores que combine com as cores do quarto, além de objetos decorativos que emanem seus gostos e personalidades, deixando o espaço mais intimista e pessoal”, finaliza a profissional.
No dormitório da adolescente, a cama foi baseada na execução da marcenaria. Com altura elevada, os degraus ao lado levam a jovem para o conforto da cama, que também faz as vezes de sofá. Na parte inferior, gavetões e nichos completam o espaço para guardar os objetos pessoais. | Foto: Carlos Piratininga
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