
Uma rápida espiada na casa de Kirsten Dunst, mostrada em uma reportagem da Architectural Digest de 2021, foi o suficiente para despertar uma nova obsessão entre os amantes de peças retrô: a luminária com visual de palito de picolé.
Desde então, o modelo se tornou um verdadeiro achado cobiçado em brechós, despertando o interesse de colecionadores e apaixonados por decoração nostálgica.
As luminárias exibidas por Kirsten Dunst, atriz de “Homem-Aranha” fazem parte de uma estética conhecida como arte tramp — também chamada de “arte vagabunda”. Esse estilo artesanal surgiu durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, embora suas raízes possam estar ligadas a imigrantes alemães e escandinavos que viveram na América do Norte no século XIX.
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O apelido “palito de picolé” é uma forma popular de descrever as tiras finas de madeira reaproveitadas por esses artesãos, que eram retiradas de objetos simples do dia a dia, como caixas de charuto ou caixotes de feira.
Com esse material, eles criavam padrões geométricos elaborados — em zigue-zague, espiral ou mosaico — aplicados a luminárias, caixas decorativas e porta-retratos, como a que Kirsten Dunst mantém em sua casa decorada com peças antigas, em colaboração com a designer Jane Hallworth.
Essas luminárias vintage viraram queridinhas nos brechós, e encontrar uma semelhante à de Kirsten Dunst pode não ser tão difícil quanto parece. Isso porque os abajures e peças menores são os itens mais comuns dentro da arte tramp, o que aumenta as chances de encontrá-los em feiras, antiquários e sites de segunda mão.
E o melhor: muitos ainda são vendidos por preços acessíveis — no eBay, por exemplo, é possível encontrar modelos por cerca de US$ 50. Com o aumento do interesse por esse tipo de decoração retrô, os valores podem subir, então este pode ser o momento ideal para adquirir o seu.
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Entenda mais sobre as luminárias de palito de picolé e como identificar boas peças
Embora a arte tramp seja muitas vezes associada a comunidades itinerantes da época da Grande Depressão, alguns estudiosos afirmam que o termo vem do alemão “trampen” (pegar carona), relacionado à prática dos Wandergesellen — jovens artesãos que viajavam pela Europa para ganhar experiência após o período de formação. Essa herança reforça o caráter manual e artístico das peças tramp, que encantam justamente pela habilidade envolvida em transformar materiais simples em itens sofisticados e cheios de personalidade.
Na hora de garimpar uma luminária de palito de picolé em brechós ou vendas de garagem, o que mais conta é a complexidade do trabalho em madeira. Quanto mais elaborado o desenho, mais rara e valiosa tende a ser a peça. Marcas de fabricante são raríssimas nesse tipo de item, então a avaliação costuma ser visual e tátil. Se quiser aprofundar seus conhecimentos, vale estudar o trabalho de nomes como John Martin Zubersky ou John Frank Zadzora, artistas conhecidos dentro desse estilo artesanal.
Se a intenção for apenas compor um décor vintage cheio de estilo, há uma variedade imensa de modelos disponíveis. Alguns são pendentes, ideais para dar destaque a um canto da sala; outros são perfeitos para mesas de cabeceira ou escrivaninhas. Existem versões em madeira natural, algumas decoradas com miçangas coloridas ou mosaicos com pequenos azulejos. O charme dessas peças está justamente na diversidade de formas e detalhes — e é quase certo que exista uma ideal para complementar o seu espaço.
Fonte: House Digest
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