Fotos, recortes de jornais e objetos utilizados nos primeiros anos de uma carreira bem sucedida funcionam como elementos poderosos para desencadear lembranças capazes de promover verdadeiras viagens no tempo, é o que diz o artigo publicado pelas especialistas em memória social Olivia Nery, Frantieska Schneid, Maria Mazzucchi e Francisca Michelon.
O misto de sentimentos de determinados elementos está entre os fatores que fazem com que os indivíduos busquem se manter em contato constante com eles. O que contribui para a popularização de uma tendência cada vez mais ampla no universo do décor: a decoração afetiva. Então, o chef Emmanuel Bassoleil entrou nessa tendência e resolveu usar suas memórias de carreira para decorar.
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Chef de cozinha que coleciona conquistas e amigos pelos locais por onde passa, Emmanuel Bassoleil conhece bem a sensação de ser transportado para outros períodos e até mesmo para outros países, através de objetos que remetem a lembranças queridas.
Nascido na França e com uma carreira de mais de 40 anos na alta gastronomia brasileira, Bassoleil moldou toda a decoração de seu apartamento na região do Ibirapuera, em São Paulo (SP), para combinar com a sua coleção de objetos pessoais de alto valor afetivo.
Itens que foram para a parede
Entre eles está o seu primeiro kit de facas, os recortes de jornais com as críticas gastronômicas das quais ele se orgulha, suas medalhas e um recipiente para degustação comumente utilizado em feiras francesas de vinho.
“Eu sou apegado às lembranças que formam a minha trajetória. E gosto de seguir em contato constante com elas, para que não perca a minha essência. Por isso, busquei transformá-las em arte e colocá-las em um espaço que vejo todos os dias: as paredes da minha casa”, revela Bassoleil.
Assim como o chef francês, outros apaixonados pela decoração de caráter afetivo têm apostado no emolduramento. Pois, é uma estratégia para facilitar a visualização e proteger os objetos de valor sentimental contra poeira, umidade e outros fatores.
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