Uma visão comum para quem percorre as antigas estradas e vielas do interior norte-americano, uma casa de fazenda abandonada é uma lembrança tocante das mudanças na paisagem e nas pessoas que ali vivem.
Com sede na área rural de Saskatchewan, a artista Heather Benning passou os últimos anos fazendo trabalhos que exploram temas relacionados ao impacto da agricultura industrializada em larga escala nas comunidades locais, fazendas familiares e um sentimento de lar. Em 2007, isso tomou a forma de “The Dollhouse”, uma obra de arte monumental construída dentro de uma casa abandonada em ruínas perto da pequena cidade de Sinclair, Manitoba, que estava vazia desde a década de 1960.
Benning removeu a parede norte da construção e a substituiu por grandes folhas de acrílico para que os espectadores pudessem espiar dentro como uma casa de bonecas de uma criança, mas só podia ser visto do lado de fora – não havia como se aventurar lá dentro.
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Móveis e objetos vintage foram colocados em salas pintadas com cores vivas que podiam ser iluminadas à noite. Como um palco estranhamente desprovido de pessoas, ela queria explorar ideias sobre presença e ausência. “Ao selar a casa abandonada e manter o público afastado, os espectadores foram forçados a observar o que gera uma sensação de lar. Acho que ‘The Dollhouse’ visa falar sobre nosso profundo desejo de reconexão com o lugar”, ela compartilha com Colossal.
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A casa permaneceu até 2013, quando, como parte da ideia original do projeto, foi incendiada. Em um curta-metragem feito em colaboração com o cineasta Chad Galloway, a câmera documenta o fogo enquanto ele envolve a casa completamente, levando o espectador a considerar a dor única de perder uma casa. A artista acrescenta: “Isso talvez seja particularmente comovente em um momento em que estamos cada vez mais perdendo nossos lares para a indústria desenfreada e as mudanças climáticas”.
Impressões de “The Dollhouse” estão disponíveis para compra no site de Benning, e o filme está disponível para visualização ao lado de trabalhos recentes que continuam a explorar temas semelhantes. Você também pode acompanhar o trabalho dela no Instagram.
Fonte: Colossal
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